quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Colômbia - Introdução e Bogotá

Minhas férias estavam programadas para ser na Europa, mas a alta do Euro e a leitura super tardia de "Veias Abertas da América Latina", do Eduardo Galeano, me fizeram optar por uma viagem na América do Sul. Escolhi a Colômbia sem nenhum motivo especial. Era o país de Betty, a Feia, do García Márquez, tinha o Mar do Caribe e não estava tão caro. Foi o suficiente!

Depois de alguma pesquisa na internet e busca na minha rede de contatos por quem já conhecia o país, escolhi o seguinte roteiro: Bogotá, Cartagena e, de lá, subir de ônibus pela costa do país até Riohacha - cidade pouco turística e não muito conhecida por aqui. Adorei e super recomendo! Pelo que ouvi, aqui e principalmente quando cheguei lá, se tivesse mais tempo e dinheiro, poderia ter incluído também Medellín, San Andrés, que parece mesmo maravilhoso, e Barranquilla no carnaval (e apenas nessa festa. Fora isso, não tem nada).

Minha primeira impressão da Colômbia foi o quanto eu sou ignorante (cada vez me dou mais conta disso, aliás) e o quanto nossos medos estão, muitas vezes, baseados na simples falta de conhecimento. Não achei tão barato quanto me disseram, mas a hospedagem tem o melhor custo-benefício dos países que já visitei. Todos os hostels que fiquei eram super cools e razoavelmente limpos, na medida do possível, além de muito baratos (média de 10 dólares à noite, com café da manhã).


Bogotá é, que eu me recorde, a cidade melhor ocupada que já visitei. Tem street art para todos os cantos: graffiti, artistas performando nas praças, gente jogando xadrez, jovens sentados pelas calçadas, conversando, tocando, pintando, treinando artes circenses... Foi isso o que mais me chamou atenção por lá. O ambiente das ruas era bem mais legal que os dos restaurantes e barzinhos, que, aliás, fecham bem cedo. Fora da Zona T, área nobre e famosa pela noite, é difícil encontrar algo aberto depois das 21h.


Não achei a cidade exatamente bonita, mas a Praça Bolívar tem seu charme. É onde fica o palácio do presidente, o parlamento e a igreja, que me lembrou a de Praga. A subida ao Monserrate também é muito bacana - tem uma ótima vista da cidade e dá pra sentir como nunca o ar rarefeito por estar a mais de três mil metros acima do nível do mar. Pode subir a pé (umas duas horas de trilha), de bondinho ou de funicular (mas esse só funciona de manhã).


Para visitar, achei que vale muito a pena o Museu do Ouro (principalmente se você tiver decidido viajar depois de ler As Veias! hahaha), o Museu Nacional, o Museu Botero (adorei! Fiquei muito surpreendida!) e o Centro Cultural García Marquez (não é um museu sobre o autor, mas tem uma livraria ótima e uns restaurantes legais). Fiz o Graffiti Walking Tour e achei bem interessante.

Fiquei hospedada na Candelária, um bairro que me lembrou Santa Tereza, no Rio. É bem artístico e pertíssimo dos principais pontos turísticos. Fiz tudo a pé. O Chocolate Hostel é bem gostosinho e limpo. Na mesma rua, tem vários outros hostels que também parecem ótimos.



Na Colômbia, tem muita barraquinha de comida de rua - vendendo frutas, sucos, e comidinhas típicas - adorei as arepas. Experimentei quase tudo e não morri (mas confesso que meu organismo é bem treinado para podrões! hahaha).



Ah... me apaixonei pelo céu da Colômbia!



Nenhum comentário:

Postar um comentário