quarta-feira, 13 de março de 2013

Cape Town: minha primeira viagem internacional (parte 1)



Semana passada na pós-graduação, uma discussão infeliz me fez lembrar da minha primeira viagem internacional: Cape Town, África do Sul. Na época, eu tinha pensado em fazer um blog, que nunca saiu da imaginação, mas agora me deu vontade de escrever o que eu ainda lembro sobre essa experiência incrível.

O segundo sonho da minha vida em termos de viagem (o primeiro sempre foi Paris) era conhecer o encontro dos dois oceanos - Atlântico e Índico, no Cabo das Agulhas, em Cape Town . Eu realizei, duas vezes! Não era como eu imaginava... não dava para ver a diferença entre um e outro, mas não importa. Eu estava lá. "Em dois lugares ao mesmo tempo". Foi a primeira vez que tive a certeza que nossos sonhos, mesmo que distantes, podem ser realizados.

O visual do Cabo das Agulhas é deslumbrante e encantador, mas o cabo mais famoso é o das Tormentas - Cape Point, onde os barquinhos europeus naufragavam ao tentar cruzar o continente. Marzão com horizonte a perder de vista sensacional.


Cape Town para mim sempre vai ter gosto de liberdade. Primeira vez no exterior, viajando totalmente sozinha, sem ninguém para dar satisfação, comemorando meus 21 anos. Para celebrar isso, pulo de paraquedas. Acho que a melhor sensação rápida do mundo. São poucos segundos de queda livre, alguns minutos pairando no ar, vento no rosto e felicidade total. Acreditem, pular é fácil, me senti super segura, difícil foi subir naquele aviãozinho minúsculo e que não parava de tremer... tudo vale a pena!

Para terminar o dia (e o post), o famoso pôr-do-sol africano, o mais lindo que já vi na vida (acho que empata com o da Grécia): do alto da Table Mountain. As cores alaranjadas, avermelhadas nunca vão sair da minha cabeça.






quarta-feira, 6 de março de 2013

Mudanças



O temporal de ontem no Rio de Janeiro me lembrou meu aniversário de 2010. Naquela noite, o dilúvio foi ainda pior. Tanto que na manhã seguinte ninguém foi trabalhar, os prefeitos do Rio e de Niterói mandavam as pessoas ficarem em casa. Às 16h, quando sai de casa, vi as ruas cheias de lama, algumas ainda alagadas, a cidade vazia, o silêncio do caos. Foi quando o morro do Bumba deslizou.

Por mais ridículo que pareça, nada disso me preocupava naquela noite. A única coisa que pensava era em um “feliz aniversário” que ainda não tinha recebido e só receberia por email já quase na virada para o dia 6 de abril. 

Aquele dilúvio lavou minha alma e, justamente por ser no meu aniversário, foi a motivação que eu precisava para iniciar uma nova caminhada. 

Ontem, por coincidência, fazia exatos três anos do pontapé dessa mudança radical na minha vida. Celebrado, como em 2010, com um minidilúvio. Quanta coisa mudou de lá para cá. Eu mudei, tanto e tão pouco. Sou exatamente a mesma em muitos aspectos, mas tão diferente em outros. 

A vida é cheia de dilúvios e recomeços... que bom por isso!