segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Budapeste é amarela


Eu não tenho a menor dúvida de que a opinião sobre uma cidade depende muito mais da experiência que você tem nela do que efetivamente daquilo que o local te oferece.

Budapeste me surpreendeu em todos os sentidos. Primeiramente, pelo calor. Depois de ter passado
um carnaval congelante em Praga, não podia imaginar que o verão na Europa do Leste fosse tão quente, mas era. Peguei cerca de 40° com um sol de rachar. E a imagem que eu tinha de uma cidade nublada, cinzenta, se transformou. Para mim, assim como para Chico, no começo do livro, Budapeste é amarela.

Minha viagem para lá, que deveria ter sido feita com outros três amigos, começou sozinha e terminou com três novas amizades. Num momento de ansiedade e preocupação de como seria a volta ao Brasil (faltava menos de um mês), essa experiência me mostrou que não importa que as coisas não corram dentro do previsto, Deus sempre tem uma alternativa e, no final, tudo dá certo.




Na verdade, Budapeste é dividida em duas cidades: Buda e Pest, separadas pelo rio Danúbio. A parte mais agitada, onde ficam os hotéis, restaurantes, barzinhos, e principais monumentos, é Pest.


Em Buda, fica o castelo, o palácio e uma igreja de inspiração turca, super interessante. Tudo no alto das colinas, momento de colocar as pernas para trabalhar. Mas o mais famoso dessa parte são os "banhos turcos", um mix de piscinas quentes e frias relaxantes. O sol era tanto, porém, que a ideia de entrar em um ambiente tipo sauna não era nem um pouco convidativa.



Fiz o Free Walking Tour logo no primeiro dia e, embora tenha rolado um pouco de embromation, é sempre legal para ter uma visão geral da cidade e ouvir um pouco da história. Aliás, que povo sofrido! Tantas invasões, guerras, destruições, domínios de povos estrangeiros. Por isso que dizem que o povo húngaro é um povo triste, que vive reclamando da vida. Mas, até que eu os achei bem simpáticos, principalmente se comparados aos tchecos.



A arquitetura de Peste é muito bonita. O prédio do Parlamento é impressionante, de dia e principalmente iluminado à noite. Foi inspirado no Big Ben de Londres. A Basílica de S. Estevão também é linda e, o mais curioso, bem mais recente do que se possa imaginar, com pouco mais de 100 anos. Para mim, uma das atrações mais legais foi a sinagoga, a maior da Europa.



O passeio de barco também vale super a pena. Com um ingresso, dá para fazer o passeio de dia e de noite e ver a cidade de duas maneiras diferentes.


Outra ótima notícia sobre Budapeste: é barata. Os hostels variam entre 8 e 15 euros a noite. Os vôos para lá partindo da Europa também custam muito pouco. Os preços começam em 13 euros a perna. A comida é barata e as lembrancinhas também. Ótima opção para quem quer sair dos roteiros básicos!




 

terça-feira, 2 de outubro de 2012

3 em 1: Pisa, Florença, Veneza



Ah... a Itália! Como eu amo esse país. É insuportavelmente quente no verão, as pessoas não são exatamente amigáveis nas cidades grandes, mas sua beleza supera tudo. E, no meu caso particular, tenho lembranças maravilhosas dos dois verões que passei por lá com pessoas muito queridas.

No último, eu, Tati, Érika e Jéssica fizemos um tour super corrido nas três cidades próximas de Pisa, Florença e Veneza.



Embora tenha colegas nativos que garantem que Pisa tem muito mais para ver do que apenas a Torre, nossa tarde lá nos permitiu apenas de curtir os gramados do monumento, fazer fotos típicas e subir as escadarias tortas da famosa torre. Não há filas, porque você compra seu ingresso (17 euros, se não me engano) com hora marcada. Então, enquanto você espera sua vez para subir, dá para aproveitar para fazer quantas fotos quiser, deitar na grama e, no nosso caso, colocar o papo em dia. A subida é rápida e você tem cerca de 30 minutos para admirar a vista lá de cima.



De Pisa, pegamos um trem super barato (9 euros - 1 hora de viagem) para Florença. Tínhamos um dia lá, que não é suficiente. Conseguímos passear pela cidade inteira, vimos as duas estátuas falsas do Davi de Michelangelo (uma na praça do museu, outra na praça Michelangelo), vimos a vista linda da cidade e eu me apaixonei, mas não entramos em nenhum museu.



De Florença, pegamos outro trem, também barato (19 euros - 2 horas de viagem) para Veneza. Novamente, tínhamos um dia. Mas dessa vez foi suficiente. Veneza é diferente de qualquer cidade do mundo, é realmente sobre as águas e, por isso, muito interessante. Mas não me impressionou.

 
A Cathedral principal é linda, como muitas outras na Itália. Legal mesmo foi andar de gôndola! Com um italiano super simpático que até falar português falava e tinha uma tia que morava no Rio. Com todas as movimentações para bater fotos, quase viramos a gôndola, mas sobrevivemos. Quem for à Veneza, procure pelo gôndoleiro Luca, uma graça!