sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Lisboa: o fim pelo começo


Todo brasileiro tem um pezinho em Portugal, mesmo que não o consiga reconhecer nitidamente. Se por nada, no mínimo, pela língua. Minha temporada na Europa acabou, então, justamente no princípio: em Lisboa. Era uma escala alongada para aproveitar e conhecer a capital que deu origem ao meu país como o entendemos hoje. 


Foi o suficiente para fazer o que não podia deixar de ser feito: comer pastel de Belém (não simplesmente de nata, de Belém!), visitar o Mosteiro dos Jerônimos, a Torre de Belém e o Padrão dos Descobrimentos, andar de bondinho e passear pela Baixa, o centro histórico da cidade. 


À noite, eu e uma querida brasileira que me hospedou fomos curtir um barzinho latino. E de repente eu tenho absoluta certeza que o mundo é um ovo, que tudo está interligado. Antes de saber que éramos brasileiras, uma portuguesa vem fazer divulgação justamente de uma noite de samba que aconteceria no dia seguinte. Papo vai, papo vem, ela conta que já morou no Brasil, em Niterói, no Ingá, na rua Tiradentes (para quem não sabe, onde morei durante anos até ir para a Europa). Foi para lá fazer intercâmbio, estudou na UFF, no IACS, Jornalismo (exatamente o que e onde estudei). E o pior/melhor de tudo, era super amiga do meu professor mais querido, o Alceste. Sai de lá até tonta com tanta coincidência!



No manhã seguinte, embarquei para o Brasil...  E nem parece, mas já se passaram quatro meses que estou de volta... 



PS: também perdi boa parte das minhas fotos de Lisboa... :S

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Noruega: boas surpresas em Oslo



Sair da Grécia para a Noruega é uma mudança tão radical quanto parece ser. Enquanto em Kos eu passava o dia inteiro de biquíni curtindo o sol na praia, em Oslo meu pullover e minha écharpe não foram suficientes para aguentar o frio de fim de verão.

Mas as mudanças não param por ai. De repente a gente tem uma ideia porque a Grécia vive em crise desde sua independência e a Noruega, depois de uma história de miséria, se tornou um dos países mais ricos do mundo. Que diferença na educação! Em Tessalônica fui expulsa do táxi por pedir para ligar o taxímetro; em Oslo, quando cheguei sem nenhuma coroa dinamarquesa e sem o cartão de banco que já estava cancelado devido à minha volta ao Brasil, o motorista de ônibus aceitou meu pagamento em euro sem me cobrar nenhum extra, para depois ele mesmo ter que trocar o dinheiro numa casa de câmbio.

Mas tanta educação não é de graça: a Grécia foi o país europeu mais barato que já visitei, a Noruega, sem dúvidas, o mais caro. Sorte a minha que, assim como em Genebra, tive um host super legal que me ajudou a economizar bastante.


Eu fui à Noruega querendo ver aquelas paisagens famosas, natureza intacta, lagos com montanhas cobertas de neve, quem sabe até lobos, quem sabe até aurora boreal. Bem, Oslo definitivamente não é o lugar para isso. A natureza selvagem na Noruega está bem longe dali, a uns 500Km, mas a cidade tem sua graça. Eu ainda dei sorte de chegar no dia de um evento especial, onde os prédios oficiais estavam abertos para visitação (gratuitamente!!!). Conheci o palácio e a capela reais, o parlamento e até sentei numa das cadeiras, vi a sala onde é entregue o prêmio Nobel da Paz, subi na torre dos sinosde onde se tem uma vista super bacana da cidade, atravessei o rio durante a  noite para uma visita na ilha e assisti a uma linda queima de fogos. Foi muito especial.


O que mais chamou minha atenção em Oslo, porém, foi o museu do Prêmio Nobel. Eu nem sabia da sua existência e foi uma grata surpresa. Conhecer  um pouco mais da história de pessoas que fizeram tanta diferença, talvez não para o mundo inteiro e nem diretamente na minha vida, mas, com certeza, na vida de muitos a seu redor. E o museu é super interativo, dá para ficar horas lá e ainda querer voltar.

E mesmo que urbana, a viagem teve, sim, natureza: um passeio numa pequena floresta, cachoeira e um pôr do sol de dar saudades da Europa. 



PS: eu perdi todas as minhas fotos da Noruega quando roubaram meu iPod. :(

PS2: vida boa tinham uns brasileiros que conheci por lá. Trabalhavam em um haras, ganhavam uma grana e no inverno, quando a temporada de corridas de cavalo parava devido ao frio e a neve, eles vinham curtir o verão do Brasil. O dinheiro que eles ganhavam nos seis meses dava para passar os outros seis de folga e ainda fugir do frio congelante.

PS3: se não fosse o frio, eu morava em Oslo. Muita qualidade de vida!