terça-feira, 25 de março de 2014

Uma foto, uma história - post 2



Ah... as delícias do anonimato!!! Uma das melhores coisas de quando você está fora do seu habitat natural (seja viajando ou morando fora) é poder relaxar e se soltar, sem se preocupar com o que os outros vão pensar. Afinal, quais as chances de você encontrar essas pessoas de novo?

E você ainda tem a desculpa: "mas eu sou brasileira (chilena, inglesa, japonesa, ou whatever) e no meu país isso é normal!". 

Por isso, cantar em Karaokês é um dos meus programas preferidos no exterior. Se for no inglês imbromation, então, melhor ainda! hahaha

Esses aí somos eu e um coleguinha chinês (que nem lembro o nome, para ser sincera), cantando "Closer" num pub de Bruxelas. Uma singela homenagem ao querido cantor Ne-Yo. :P

Como é bom pagar mico no exterior!

PS: a primeira vez que cantei num karaokê foi em Cape Town, na África do Sul. Toda terça-feira íamos para o mesmo pub. Era nossa "noitada" preferida. E a trilha sonora era perfeita para a ocasião: "Time of my life".

segunda-feira, 17 de março de 2014

Uma foto, uma história - post 1

Vamos começar uma série no blog. Uma foto, uma história. 
 

Quando eu digo que morei dois anos na Europa, eu não sei o que as pessoas pensam. Talvez elas me imaginem cheia da grana, ostentando nos cafés de Paris. Mas a realidade era beeem diferente. :P

No meu primeiro trabalho, como Au Pair, eu ganhava 400 euros, além de casa e comida. Era o suficiente, mas se eu quisesse viajar, devia economizar muito, tanto no dia a dia quanto na própria viagem. E era exatamente isso que fazia. Eu não deixava de sair, mas consumia o mínimo possível. Se pudesse, levava um lancinho, pra não ter que comer fora. O importante era aproveitar a cidade e o momento.

Mas o que tudo isso tem a ver com a foto? O óbvio. Essas aí somos eu e Natasha nos matando para achar uma moeda de 1 euro. É que estávamos na casa do meu irmão em Amsterdam e sem essa mísera moedinha não tínhamos o suficiente para o metrô - que levaria Natasha à estação de trem para voltar para Bélgica. E o pior: não achamos! Meu irmão não estava em casa e a Jô também não tinha pra nos emprestar. Resultado: pedimos alguns cents que faltavam para um senhorzinho na estação.

Está aí. Uma foto inusitada e sua história nada glamurosa. 





terça-feira, 11 de março de 2014

Música, viagens e lembranças...



Todo mundo tem aquela(s) música(s) que marcou um momento da vida. Pode ter sido um episódio específico ou um período. Isso também acontece em viagens. E mesmo tempos depois, quando ouço a canção, vem aquela lembrança tão gostosa, da cidade, das pessoas, da experiência. 

Esse post é a seleção de algumas músicas que marcaram minhas viagens e os porquês.

- Paraty e O tempo não para (Cazuza) – A primeira vez que visitei essa que é minha cidade preferida no RJ, em 200 com minha mãe e irmã Didy, o filme do Cazuza tinha acabado de ser lançado e um dos meus melhores amigos me deu o CD. Ouvia e cantava sem parar. Um belo dia, tomando café da manhã na pousada na beira da piscina, eu e Didy cantávamos: “A tua piscina tá cheia de ratos”. Minha mãe, com uma cara mega assustada, gritou: “Cadê???”. Morremos de rir. E toda vez que a gente canta essa música, incluímos a intervenção da minha mãe. Amo Parati e amo Cazuza. 

O tempo não para (Cazuza)

- Disney e “You are my sunshine” (Jimmy Cliff) Quando eu, minhas irmãs Taninha e Didy e Marcelo fomos à Disney Orlando, algumas músicas chicletes ficaram na nossa cabeça.  Uma delas era You are my sunhine e a outra era a abertura de The Big Bang Theory. Cantávamos (errado, by the way) o todo o tempo. No carro, nos parques e quando voltamos também. 


- França e Mika – Eu trabalhava há duas semanas como au pair na Bélgica e a família resolveu passar o carnaval no sul da França. Seria uma viagem de cerca de 8 horas numa Kombi, com o pai e duas crianças que mal me conheciam. Eu estava desesperada. Eu nunca tinha ouvido o Mika, mas ele salvou minha vida. Foi a nossa trilha sonora o tempo todo. No fim, já conhecia as músicas de cor e adorava. Toda vez que ouço, lembro e morro de saudade das minhas crianças.



PS: Mika também marcou minha segunda visita a Londres. A banda real tocou uma música dele enquanto esperávamos pela troca de guardas. Tão fofo! 


- Bélgica e Alors on Danse (Stromae) – Eu confesso que sou um tanto quanto preguiçosa para descobertas musicais. Se a novidade não cair no meu colo, dificilmente vou em busca. Por isso, morei dois anos na Bélgica e não conheço quase nenhum cantor local. Disse “quase” porque conheci o Stromae e adorei. Ele era Top 5 das paradas de sucesso na Bélgica nos meus primeiros meses por lá com o hit “Alors on danse”. Para quem estava bem no comecinho das aulas de francês, entender o título de uma música no idioma já era uma baita conquista. Foi por ele que sai de casa com apenas R$ 1 euro no bolso. Dei calote no tram e no metrô para assistir um show gratuito que ele cantou no centro de Bruxelas. Eu e minha parceira de pobreza: Natasha! 

- Parc du Cinquantenaire (Bruxelas) e Adele – As crianças de quem cuidei foram minhas grandes influências musicais na Europa. Eu nunca tinha ouvido falar da Adele até começar meu segundo trabalho como au pair numa família inglesa que morava na Bélgica. A filha mais nova também se chama Adele e adorava a cantora. Foi ela quem me apresentou o CD inteiro. Desde que descobri, me apaixonei. Toda noite, ainda claro por causa do horário de verão, saía para caminhar no Parc du Cinquantenaire com Adele no ouvido. Era meu lugar preferido de Bruxelas. Toda vez que passava por aqueles arcos, me dava conta da oportunidade linda que estava vivendo. Toda vez que ouço Adele me lembro desses momentos, das minhas crianças, e do quanto sou sortuda. 


PS: Adele também marcou meu segundo natal em Amsterdam, na companhia da Érika. Foi uma brincadeira nossa que faz eu morrer de rir e depois me sentir um pouco culpada toda vez que ouço Someone like you.