segunda-feira, 16 de junho de 2014

Leonardo Gonçalves



Meus planos eram atualizar esse blog uma vez por semana, mas nos últimos meses, a vida ficou corrida demais e o Antes de Casar acabou tomando o pouco tempo que tinha para me dedicar à escrita.

O tema dos blogs são bem diferentes, mas dessa vez vou repetir o assunto. Com textos distintos, já que no outro foi Didy quem escreveu – aliás, sua estreia como blogueira. 

E o assunto é: Leonardo Gonçalves! 

Foto by Bia Simplício
Eu conheço o Leo há mais de uma década, desde que ele solou “A Minha Esperança” no antigo Tom de Vida. Quando lançou seu primeiro CD – Poemas e Canções – em 2004, eu gostei da maioria das músicas, ouvia sempre, mas não nutria nada de especial por ele. Até que ele ficou muito popular no meio adventista e ganhou o status de “estrela”.  Assisti uma apresentação dele no estádio Caio Martins, em Niterói, e a plateia gritava enlouquecida, tietagem total. Detestei. E pequei maior implicância com ele. Comecei a achar que ele só cantava para aparecer, que aquela infinidade de “voltinhas” (depois aprendi que o nome correto é melismas) eram totalmente desnecessárias e por aí vai. Mas continuava ouvindo o CD porque as músicas eram boas, não por causa dele, mas apesar. 

Até que em 2008, o Leo lançou seu segundo CD – Viver e Cantar – e, meio que contrariada, fui assistir ao lançamento na IASD Central RJ. Dessa vez, nem do CD tinha gostado, já que as músicas eram mais complexas e nem tão fáceis de entender. 

E foi aí que tudo mudou. Praticamente a cada música, o Leo fazia uma introdução – explicando de qual texto bíblico aquela canção tinha sido inspirada e apontando um ensinamento teológico. Ele também abriu espaço para perguntas e respondeu muito honestamente. Adorei! 

A partir daí, quis conhecê-lo melhor. Comecei a ler seu blog, suas entrevistas, ver os vídeos do Youtube e... virei fã! Menos pelo talento musical do que pela afinidade teológica. Eu, que sempre fui muito conservadora nos meus pensamentos religiosos, me abri a uma infinidade de visões que nunca pensei em aceitar. O Leo era quase sempre tão consistente nas suas argumentações que, mesmo que não me convencesse, me fazia parar para pensar na questão. 

Em 2010, o Leo gravou um CD todo em hebraico chamado Avinu Malkenu e ele sempre canta uma dessas músicas nas suas programações. Mesmo com tantos problemas no Oriente Médio, o Leo foi a única pessoa que já me fez orar pela paz em Jerusalém e mais de uma vez. Embora seja óbvio que devemos orar por um povo em tamanho conflito, o assunto é tão rotineiro que eu, por exemplo, nunca tinha me dado conta e de fato parado para interceder por isso.

Lembro de um vídeo no Youtube em que ele fez algo tão simples que me tocou muito. Ele estava numa programação não-adventista, com um coral também não adventista. Como acontece muitas vezes no meio cristão moderno, o público delirava, gritava... Para mim, que não estou acostumada com esse ambiente, era uma bagunça. Quase no fim da canção, o Leo incitou o povo um pouco mais, pediu para darem glória a Deus e aleluia e em seguida falou: “agora fiquem um pouco quietos. Deus também pode ser adorado no silêncio”. Se eu já não fosse fã dele, teria virado naquela hora. Ele não deu bronca em ninguém, mas também não se omitiu. Deu seu recado respeitando a visão do outro, mas mostrando uma diferente. Queria eu saber agir assim em tantas situações. 

Quanto eu estava na Europa, ouvia ainda mais o Leo. Era uma maneira de me manter conectada com o Brasil, com a igreja, com aquilo que me fazia sentir em casa. Tantas vezes passei as tardes de sábado assistindo suas programações na internet. Foi nesse período, em 2012, que ele lançou seu quarto CD -  Princípio e Fim. O engraçado é que, por conta disso, algumas músicas desse CD me remetem imediatamente a minha vida na Bélgica.

Por essas e outras, fui a Genebra num fim de semana específico para ver o Leo cantar e fui sábado retrasado à Barra assistir o Sarau. 

Como se fosse possível, voltei ainda mais fã do Leo. Pelas músicas, pela “pregação” e pelo nosso breve encontro. Deus já falou muitas vezes comigo por meio do Leo e espero que continue falando.

Foto by Bia Simplício

PS: Está tendo Copa e o mundo está no Brasil. Tema do próximo post! 

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