segunda-feira, 15 de julho de 2013

Providência Divina


Como cristã, não acredito em coincidências, tampouco em destino. Mas acredito em um Deus onisciente e de amor infinito que empenha todos os seus esforços, até o limite do nosso livre arbítrio, para nos conduzir aos Seus planos – cabe dizer: os melhores que podemos ter. A isso, chamamos de Providência Divina.

As intervenções de Deus na minha história ficaram mais claras quando estava na Europa – na verdade, em todo o processo, desde a noite em que não conseguia dormir e cogitei a hipótese de me mudar até meu voo de volta ao Brasil – incluindo tudo que eu vivi lá, as pessoas que (re)encontrei, os empregos que tive, os lugares que visitei, as famílias com quem morei... tudo era nitidamente providência divina.

O estranho é que desde que voltei ao Brasil a providência divina parecia não funcionar mais tão bem. Tive uma oferta de emprego maravilhosa, mas não rolou, depois outras apareceram, mas nada acontecia. Até que encontrei meu atual trabalho, algo um tanto quanto distante das minhas aspirações profissionais.

Nesse meio tempo, não por acaso, assisti um sermão do meu cunhado sobre a vida de Esther, que dizia algo como: “Talvez seja para esse momento que Deus te conduziu até aqui”.  Eu gostei muito da mensagem, mas não entendi se e como aquilo se encaixava com a minha vida naquele momento. Hoje, sete meses depois, eu tenho uma vaga ideia...

Poucas vezes na vida meus sentimentos foram tão contraditórios e pouquíssimas vezes eu repensei minhas atitudes como eu precisei fazer nesse período. De uma forma ou de outra, a dinâmica do ambiente e a sinceridade das pessoas me fizeram enxergar alguns defeitos que eram tão óbvios em mim, mas eu negava. Um dia, ouvi críticas duras de uma pessoa que eu admirava muito. Fiquei arrasada, mas quando contava a situação para minha família, a resposta era sempre a mesma: “você está tendo uma grande oportunidade para melhorar”. Em outras palavras, “quem sabe se não foi para tal tempo como este que chegaste ao reino?” (Esther 4:14).

A verdade é que nem sempre a providência divina faz sentido para a gente. Talvez, demore algum tempo até que entendamos o porquê das coisas acontecerem desta ou daquela maneira, talvez não entendamos nunca. Mas, como bem disse meu cunhado no tal sermão sobre Esther: “você quer que as coisas façam sentido, Deus quer ganhar o jogo”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário