segunda-feira, 3 de junho de 2013

No Brasil... Vila Velha (ES)




Acho que seria mais justo começar meus posts sobre cidades brasileiras com Niterói e Rio de Janeiro, mas esse será um post mais complexo (e eu já falei um pouco sobre o Rio no blog da Ana), então, vou começar por Vila Velha (ES).

Considerando Niterói e Rio de Janeiro de maneira integrada, Vila Velha é minha segunda casa. Há pelo menos 10 anos frequento à cidade a passeio e se levarmos em conta que Guarapari é logo ali essa região é definitivamente o símbolo das minhas férias. Desde que sou criança vou com minhas irmãs para lá.

Tenho lembranças deliciosas de ótimos momentos em família e, como não poderia deixar de ser, muitas brigas também. Até pouquíssimo tempo atrás, eu ainda tinha as marcas da unha da minha irmã Didy resultado de uma briga que tivemos em Vila Velha - no nosso código VV. Mas foi também lá (se bobear, nas mesmas férias dos arranhões) que eu e ela escolhemos a música símbolo da nossa amizade eterna e indestrutível: "I will keep a part of you with me and everywhere I am there you'll be". Música perfeita antes mesmo de saber que passaríamos dois anos tão longe uma da outra.

VV para mim, é claro, tem sabor de família. Aliás, tem sabor até demais. O que mais gostamos de fazer lá é comer. A fábrica de chocolates Garoto, o pastel enorme, barato e delicioso do Pastelonça, o peixe frito e a moqueca de banana do Caranguejo do Assis (na praia de Itaparica), as sorveterias a quilo... Quantos quilos a mais! hahaha

E tem a praia... Estar a cinco minutos a pé da praia é um privilégio, mas minha irmã Taninha nos fazia andar uma hora até chegar no outro canto, onde o mar é mais tranquilo. Pior foi o dia que resolvi pular de uma pedra com Dedé, meti meu pé nos ouriços e tive que esperar elas voltarem uma hora andando para pegar o carro e virem me buscar. Quando cheguei em casa, Dedé tirou todos os espinhos com agulhas - que dor, mas quanto carinho e cuidado. Momentos tão simples que fazem de VV um lugar tão especial para mim.

Desde que voltei da Europa, essa foi a terceira vez que fui à VV. A primeira que encontrei minhas duas irmãs mais velhas ao mesmo tempo. E o que não saiu da minha cabeça durante o feriado inteiro é algo que venho pensando desde que me mudei para Europa. Eu, minhas irmãs e meu irmão tínhamos tudo para não termos um relacionamento próximo. Mães diferentes, idades muito diferentes, gostos totalmente diferentes e defeitos tão parecidos. Ainda assim, somos uma família.

VV é o símbolo dessa relação familiar tão complexa e ao mesmo tempo tão forte: das férias juntas, das brigas horrendas, das discussões infindáveis, das críticas ácidas, das risadas infinitas, das conversas longas, dos conselhos duros e sinceros, dos jogos de buraco, de War, Perfil e Imagem em Ação, de tortas de limão, de felicidade.




 

3 comentários:

  1. Que bom que continua nos presenteando com sua escrita :) Eu fui a VV uma única vez e minha lembrança é meio estressante: treinamento oficial de professores do CNA!

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  2. Nossa...você retratou muuuito bem VV, ehehhe!! Mas que vergonha da unha, hahahaha, essas coisas não se falam, Tete =)Brincadeira, eheehe!!

    Muito bom, sorri de saudade lendo esse texto <3.

    Amo você, Tete!!! And...everywhere mesmo <3

    Beijos

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  3. Gostei, e muito. Preciso conhecer VV. =)

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