quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Noruega: boas surpresas em Oslo



Sair da Grécia para a Noruega é uma mudança tão radical quanto parece ser. Enquanto em Kos eu passava o dia inteiro de biquíni curtindo o sol na praia, em Oslo meu pullover e minha écharpe não foram suficientes para aguentar o frio de fim de verão.

Mas as mudanças não param por ai. De repente a gente tem uma ideia porque a Grécia vive em crise desde sua independência e a Noruega, depois de uma história de miséria, se tornou um dos países mais ricos do mundo. Que diferença na educação! Em Tessalônica fui expulsa do táxi por pedir para ligar o taxímetro; em Oslo, quando cheguei sem nenhuma coroa dinamarquesa e sem o cartão de banco que já estava cancelado devido à minha volta ao Brasil, o motorista de ônibus aceitou meu pagamento em euro sem me cobrar nenhum extra, para depois ele mesmo ter que trocar o dinheiro numa casa de câmbio.

Mas tanta educação não é de graça: a Grécia foi o país europeu mais barato que já visitei, a Noruega, sem dúvidas, o mais caro. Sorte a minha que, assim como em Genebra, tive um host super legal que me ajudou a economizar bastante.


Eu fui à Noruega querendo ver aquelas paisagens famosas, natureza intacta, lagos com montanhas cobertas de neve, quem sabe até lobos, quem sabe até aurora boreal. Bem, Oslo definitivamente não é o lugar para isso. A natureza selvagem na Noruega está bem longe dali, a uns 500Km, mas a cidade tem sua graça. Eu ainda dei sorte de chegar no dia de um evento especial, onde os prédios oficiais estavam abertos para visitação (gratuitamente!!!). Conheci o palácio e a capela reais, o parlamento e até sentei numa das cadeiras, vi a sala onde é entregue o prêmio Nobel da Paz, subi na torre dos sinosde onde se tem uma vista super bacana da cidade, atravessei o rio durante a  noite para uma visita na ilha e assisti a uma linda queima de fogos. Foi muito especial.


O que mais chamou minha atenção em Oslo, porém, foi o museu do Prêmio Nobel. Eu nem sabia da sua existência e foi uma grata surpresa. Conhecer  um pouco mais da história de pessoas que fizeram tanta diferença, talvez não para o mundo inteiro e nem diretamente na minha vida, mas, com certeza, na vida de muitos a seu redor. E o museu é super interativo, dá para ficar horas lá e ainda querer voltar.

E mesmo que urbana, a viagem teve, sim, natureza: um passeio numa pequena floresta, cachoeira e um pôr do sol de dar saudades da Europa. 



PS: eu perdi todas as minhas fotos da Noruega quando roubaram meu iPod. :(

PS2: vida boa tinham uns brasileiros que conheci por lá. Trabalhavam em um haras, ganhavam uma grana e no inverno, quando a temporada de corridas de cavalo parava devido ao frio e a neve, eles vinham curtir o verão do Brasil. O dinheiro que eles ganhavam nos seis meses dava para passar os outros seis de folga e ainda fugir do frio congelante.

PS3: se não fosse o frio, eu morava em Oslo. Muita qualidade de vida!

Um comentário:

  1. Como assim "se não fosse o frio" vc morava lá? Mas nem que eu tivesse que virar um tatu bola de tanto casaco... ;D

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