sexta-feira, 22 de abril de 2011

Au Pair - Parte 1

Depois de dois meses trabalhando como Au Pair, resolvi escrever um post sobre essa "profissão". Eu não tenho a menor idéia de quem inventou essa história e nem quem foram os primeiros corajosos a colocarem em prática, mas a verdade é que, por mais louco que pareça, funciona. E, sim, parece loucura. A família recebe em casa um total estranho, que vem de uma cultura diferente, que fala uma outra língua e que a partir de então estará em tempo integral com eles, participando de todas as atividades, de todos os momentos. Por outro lado, um jovem deixa seu país para ir morar com uma família que ele não conhece os costumes e nem a rotina, mas que será a partir de então, a sua própria família. Estranho, né?
Mas mesmo com todas as diferenças linguísticas, culturais, emocionais, etc, na maioria dos casos, é uma experiência bem sucedida.
No meu caso, posso dizer que é super bem-sucedida. Eu estou de férias com a família na França e nessas duas últimas semanas estivemos mais próximos do que de costume. Aqui os pais não trabalham e eu não tenho minhas atividades rotineiras, então passamos literalmente o dia inteiro juntos. Vamos à praia, passeamos, compramos roupas, e fazemos todos os outros tipos de programas de férias juntos, sempre juntos. E é sempre tão bom, que às vezes até me esqueço que estou trabalhando! hehehe
É claro, não vou dizer que é como se estivesse com minha família, pq minha família é minha família (aliás, que saudade!), mas é como se eu estivesse com uma família amiga e já não tem mais aquela sensação de estranhos ou de vergonha, é simplesmente natural.
E às vezes quando eu acho que estou sobrando, de intrometida num programa familiar, eles falam ou fazem algo tão bonitinho (como se preocupar em não comprar carne de porco, ou decidir almoçar na praia pra me agradar, ou me levar pra passear num lugar que eu quero conhecer, etc...)  que fico feliz por estar exatamente aqui e não em qualquer outro lugar do mundo...

Um comentário:

  1. Eu sinto o mesmo trabalhando como voluntário. A diferença é que ralo um pouco mais e não sinto estar em férias toda semana. Felicidades Maitê!

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